'PARA TORNAR O MUNDO MELHOR PRECISAMOS ESSENCIALMENTE DE RESPEITO'', DIZ ORIENTADORA EDUCACIONAL.

 'PARA TORNAR O MUNDO MELHOR  PRECISAMOS ESSENCIALMENTE DE RESPEITO'', DIZ ORIENTADORA EDUCACIONAL.


        A partir de um trabalho proposto pelo professor Willian em uma de suas aulas, realizei uma entrevista com a professora, pedagoga, orientadora educacional e neuropsicopedagoga, Raquel Caterine Grebinsky, de 36 anos, natural de Concórdia.
        No decorrer da entrevista, a orientadora fala dos jovens atuais, da sua relação com os mesmos e de suas experiências de vida.
         
        Leia a entrevista a seguir: 
   
         Kamilly: O que te motivou a cursar pedagogia ?
         Raquel: No início eu não queria cursar pedagogia, mas sim fisioterapia ou educação física, o que me motivou de fato, foi a questão econômica, por ser um curso mais acessível.

         Kamilly: Fazer essa faculdade sempre foi o seu sonho ?
         Raquel: Não, nunca foi meu sonho ser professora, mas ao longo da faculdade fui me identificando.

         Kamilly: Sua família apoiou e apoia todos os seus sonhos ?
         Raquel: Sim, a minha família me apoiou, por eu ser a única dos dois irmãos a fazer faculdade e continua me apoiando.

         Kamilly:  Qual é o sentimento de ensinar e orientar alunos ?
         Raquel: É um sentimento de doação, os alunos acabam se tornando uma parte de nós, assim como os seus problemas e atualmente não me imagino fazendo outra coisa.

         Kamilly: Você acha que educar é um dever dos familiares ?
         Raquel: Eu acho que os pais devem orientar os seus filhos por serem os responsáveis, mas ultimamente a escola tem aderido essa responsabilidade e acaba que o ambiente escolar é o único lugar onde os alunos recebem orientação positiva.

         Kamilly: Para você, a escola ajuda a moldar os alunos como cidadãos ? 
         Raquel: Sim, a escola ajuda e é também uma das principais funções dos professores e profissionais de educação.

         Kamilly: Como você lida com crianças e adolescentes ?
         Raquel: Procuro ter empatia, estabelecer um vínculo de confiança e falar sobre mim com as crianças que atendo, para poder ajudá-los.

         Kamilly: Como você lida com as críticas e qual a importância das mesmas para os alunos, que são seres em desenvolvimento ?
         Raquel: Devemos considerar aquilo que nos faz bem, o que nos faz mal é melhor evitarmos. Nós professores costumamos chamar a crítica de conselho, e o mesmo é muito importante para que o aluno tenha um objetivo futuro e se desenvolva.

         Kamilly: Qual a importância de sonharmos ?
         Raquel: Sonhar é o que nos move, é nosso combustível para alcançar nossas metas e para sabermos que nada é inatingível. 
 
         Kamilly: Qual a sua opinião sobre os jovens atuais ?
         Raquel: Os jovens hoje são muito criativos, eles têm um mundo de possibilidades, mas devem aprender a administrar essa criatividade no cenário defasado em que vivemos e é nesse ponto que entra a escola e a família, para ajudar a orientar esses jovens.

         Kamilly: Como podemos fazer do mundo um lugar melhor ?
         Raquel: O mundo não pode ser um jogo de interesses, quando acreditamos em algo e queremos fazer acontecer, não podemos usar as pessoas como degraus para subir na vida, pois isso acaba se tornando uma briga de miséria, portanto, para tornar o mundo melhor precisamos essencialmente de respeito, mas lembrando que o mesmo não é uma questão de hierarquia.

         Kamilly: Quais são suas expectativas para o futuro ?
         Raquel: Eu acredito na educação, a escola é a única esperança que se tem, eu espero que no futuro a educação seja a prioridade para o governo.

         Kamilly: Você acha que os professores e profissionais dessa área são reconhecidos o suficiente ?
         Raquel: Não, é uma busca, porque na educação os bons profissionais são aqueles que gostam do que fazem e não é reconhecimento só financeiro, mas a questão da gratidão, de se espelhar e aprender com o professor.

         Kamilly: O que você diria para os jovens que desistem sem ao menos tentar ?
         Raquel: Falta estímulo, orientação, pois, os jovens gostam de desafios, para mim é importante se arriscar. Portanto, eu diria para eles não desistirem, porque vale a pena, a gente nunca perde, ou aprendemos ou ganhamos. 
 

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